segunda-feira, 16 de julho de 2007

Regalo de Hermanos

A Copa América, para os jogadores brasileiros que correram 90 min, jogo a jogo, foi mais que um sonho realizado. Foi uma tentativa de mostrar que podem fazer parte da seleção principal. Mas será que eles convenceram alguém?
Provavelmente, o nosso excelentíssimo técnico (??) Dunga. Mas e o resto do país, que perdeu seu tempo em jogos que, com excessão da animadíssima (para nós) final, só podem ser classificados como medíocres.

O jogo contra o Chile, por exemplo, foi patético. Algo como tirar doce de criança morta, ou empurrar velhinho de bengala no vão do metrô. O Chile entrou pedindo, aliás, implorando para perder e mesmo assim, no início do 2° tempo, tinha o mesmo número de finalizações que o Brasil, que ficava truncado, esperando oportunidades ridículas de contra-ataques. Tudo bem, ninguém pode reclamar de um 6x1, mas será que não dava pra enxergar dali que o time precisava de muito mais pra conseguir chegar na final?

Não. Ninguém percebeu. E ficou pra ser percebidos todos os erros no jogo contra o Uruguai, onde o Brasil não teve CAPACIDADE de segurar o placar favorável, por menosprezar o outro time e entrar no clima de já ganhou. Pois não foi assim tão fácil não. Fomos pros pênaults após ficarmos 2x na frente do placar!
E não podemos agradecer o primeiro presente de nosso hermano Oscar Ruiz, já que nosso magnífico goleiro se adiantou em TODOS os pênaults, e Ruiz não mandou voltar nenhum. Mas, como diria Galvão Bueno (que ajudou a deixar o jogo mais monstruoso...), isso é só um detalhe.

E graças a detalhes tão bobos (¬¬), chegamos à final. Uhu! E quem seria mais adequada seleção a disputar conosco essa final? Claro, nossos sempre amigos ARGENTINOS! E, só pra ajudar, sim, eles são os favoritos!
E aí, não posso mais falar nada. O time brasileiro tirou do bolso uma garra e uma vontade de jogar, de se igualar a única seleção invícta do campeonato (o que nessa altura do campeonato não significa tanta coisa assim, já que era ela e o Brasil...), a seleção mais entrosada, enfim, A seleção. O único problema é que eles esqueceram de tirar os saltos antes de entrar em campo. E o Brasil atacou. E já nos primeiros 5min abriu o placar. E não retrancou, continuou atancando e marcando bem os jogadores no meio de campo.

Aí vem o segundo presente: Ayala tenta tirar um cruzamento de Daniel Alves (que entrou muito bem no lugar de Elano) para Wagner Love. Até aí, beleza. Só que ele, que já tinha tentado impedir o segundo gol, chutou errado (pra ele) e certinho (pra nós), marcando nosso terceiro gol. Bom, Ayala, acho que esse não era um bom dia pra você sair da cama.

Analisando o campeonato e os momentos mais decisivos, podemos considerar que esse título é, de certa forma, um presente de nossos hermanos?
Claro que a seleção entrou pra ganhar na final, mas também é óbvio que após o terceiro gol, e durante todo o segundo tempo, a Argentina entrou sem a menor garra, sem saber o que fazer com a bola, totalmente desnorteados diante de uma derrota em um jogo que 'já tava ganho!'.

E, mas que isso, será que o Dunga tem alguma esperança de chegar a Copa do Mundo com um time tão sem entrosamento e tão cheio de defeitos quanto o que atuou na Copa América? Espero, pelo nosso bem, que não. Ainda precisamos de muito pra ser uma seleção. A começar por um técnico que conheça a palavra TÉCNICA.

10 comentários:

Camila disse...

Tati, minha amiga jornalista esportiva, hehe.
A seleção brasileira é assim: qdo todo udno bota fé, quando todo mudno o coloca com favorito ou "já ganhou", atua mal, perde. Quadno o adversário é o favorito, quadno a imprensa cai em cima, a gente dá a volta por cima e deixa todo mudno de queixo caído. Por isso eu não acredit quadno um jornalista fala que tal time é favorito, tal jogador tá em boa fase, e aqueles jargões todos.
Pra falar a verdade eu não acredito em nada. O futebol tá tão monopolizado pelos mesmos políticos-presidentes de clubes, é tanta trapaça suja e corrupta, são sempre os mesmos times que a imprensa comenta, fala-se somente em futebol quando se abre o caderno de "esportes", que eu desesti do futebol. Perdeu a graça, o encanto. Temos um futebol bonito, temos. Mas só dentro de campo. Fora, não vale a pena.

Camila disse...

(desculpe-me as dilexias, e pelo grave erro: é desisti, não desesti)

)borbas( disse...

Olha Tati, você voltou com o seu Blog!!
Aliás, um final meio que feminista...mas MUITO interessante!!
E engraçado!! rerere

Mas o que importa, por ora, é que, novamente, derrotamos os hermanos com um time que vinha de péssimas atuações. É disso que os torcedores carecem!!
E é de apoio que a seleção precisa - além de técnica, muito bem.

Derradeiramente, o Brasil, recentemente, usa a Copa América não para ganhar com a seleção principal, mas principalmente para dar forças ao time B, o que acredito ser extremamente maduro e confiante da parte do nosso Dunga...
Se ele mantivesse esse timeco destreinado, imagina quando não tivessemos os craques, que caca seria!!

Bom por isso...beijoooo!!

Tatiane Ribeiro disse...

Cami: Sim...é triste ver o futebol fora de campo. A politicagem que não se importa com o torcedor. Eu, corinthiana ROXA e viciada, sei bem o que é isso. Hoje, almoçamdo numa padoca e conversando com dois senhores (palmeirenses, é bom destacar), ouvi de um deles: 'vocês corinthianos não merecem o que a cúpula do Corinthians está fazendo, não merecem ir pra segundona por causa deles. Isso é indigno, porque vocês amam demais a sua camisa.'
Precisa dizer mais alguma coisa?

Borbas: Feminista? Seria pela palavra 'técnica'? Não, não é a 'mulher' do técnico, é a técnica em jogos, a técnica do jogador, posicionamento, etc. Acho q o Dunga carece disso. Carece de perceber q não vai ser sempre que 3 zagueiros em campo será sinônimo de goleada (como ele insiste em frizar, para a minha tristeza).

Pois é... voltei pra cá. É melhor!

)borbas( disse...

Porque eu faço os comentários mais legais?!

)Quero seus cometários no meu blog...=/(

)borbas( disse...

E viva a retomada do .blogspot à vida da Tati!

Bruna Escaleira disse...

Tati!
Não sou fã de futebol, entendo disso tanto quanto de fazer baliza (haha). Mas o seu texto pulava, vibrava, podia ouvir uma certa Tatiane declamando ele!
Beijos, Bruneca!

Fernanda Braite disse...

Como posso ter a senhorita como link do meu blog e não comentar no sue texto? Alias, espero que faça o mesmo pela sua amiga, já que meu último post rendeu nada menos que 2 comentários. ¬¬' Humft.

Adorei o texto! Muito divertido de se ler. Até eu, que não entendo bulhufas nenhuma de esporte nenhum, consegui entender. E cá entre nós, acho extremamente fascinante conhecer sobre esportes. Embora eu ache fascinante, já me convenci que críticas esportivas definitivamente não é minha praia. De todos os nomes que vc citou, creio que eu conhecia uns 3 ou menos. E, se duvidar, pensei no anãozinho da Branca de Neve quando li "Dunga". Tá, é patético...

BEIJOS DA FÊ! (caso vc não saiba que meu codinome é Salem Zamenaph...hehehe)

Fernanda Braite disse...

ah, so pra corrigir: "já me convenci que críticas esportivas definitivamente não é minha praia." foi um erro absurdo de alguem que está ha horas lendo textos do Ciro e não aguenta mais ficar no computador.
Leia "criticas esportivas definitivamente não SÃO minha praia", ou melhor, "critica esportiva definitivamente não É minha praia".

Perdão. Alego burrice temporária. Pelo menos espero que temporaria...

Tatiane Ribeiro disse...

Voltei (depois de algum tempo, né?)

Borbas: seus comentários sempre são fodas... sempre!

Bru: Relaxa, esporte é, sem dúvida, mto mais fácil que baliza! [contando com o fato que eu não faço balizas e entendo um pouco de esportes...]
E acho q a Tati pulsante lá é totalmente real. Acho q não é difícil me imaginar xingando a mãe do juiz no jogo e talz, né?

Fer: Dãh! Olha meus textos, tem tantos erros q seu 'errinho' fica suuuper perdoado! ;)

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. (...)
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas."