sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Balada do amor abalado...

Olhou pelo vidro retrovisor do carro. Sabia que aquilo era um adeus. Não de nunca mais nos veremos ou de te odeio, não me procure mais.
Era um adeus que aquele ser idealizado, inventado em sua mente dava. Ele estava indo embora, para nunca mais voltar. Mas como aceitar sua partida assim tão rápido?
Acelerou o carro, virou a esquerda, aumentou o som. Sabia muito bem que o certo nem sempre é o mais sensato a primeira vista. Já tinha vivido aquilo mais vezes do que gostaria. Era quase um dejá'vù (e como era desagradável lembrar).
Mudou de música, ouviu aquela que ele gostava (ou seria a idealização? sempre os confundia). O farol fechou. Resolveu fechar então seu coração.
Pq ele, assim, fechado, parecia muito mais protegido. Ou talvez ela estivesse idealizando um coração não existente.



O problema é que se ela fechasse os olhos, podia sentir a respiração calma e pausada dele. E ele ali, esperando pacientemente o farol abrir.

3 comentários:

me disse...

"Sabia muito bem que o certo nem sempre é o mais sensato a primeira vista."
Eu li esse texto logo que você tinha me comentado. Mas não sabia o que te dizer. A resposta para ele? Não sei. É uma inquietude.
Você sabe a minha opinião sobre essa história toda. Sabe nos meus silêncios. E espero que saiba também que o seu silêncio me incomoda. E te machuca.

Vandson disse...

Atençããããããão
Ah...
Gosto de mendigar atenção. Haha
Texto bonito, daquele de doer fininho...
bjos

Camila disse...

agora eu li (verdade)

só porque vc pediu (isso é verdade)

mas eu só estou comentando porque eu quero (isso também é verdade)

é, a vida é um eterno desencanto (???)

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. (...)
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas."